A Colónia Penal do Tarrafal, situada no lugar de Chão Bom do concelho do Tarrafal, na ilha de Santiago (Cabo Verde), foi criada pelo Governo português do Estado Novo ao abrigo do Decreto-Lei n.º 26 539, de 23 de Abril de 1931 .
Em 18 de Outubro de 1936 partiram de Lisboa os primeiros 152 detidos, entre os quais se contavam participantes do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande (37) e alguns dos marinheiros que tinham participado na Revolta dos Marinheiros ocorrida a bordo de navios de guerra no Tejo em 8 de Setembro daquele ano de 1936.
O Campo do Tarrafal, ou Campo de Concentração do Tarrafal, como ficou conhecido, começou a funcionar em 29 de Outubro de 1936, com a chegada dos primeiros prisioneiros.
Durante quatro décadas, o Campo de Concentração do Tarrafal manteve sob grades primeiro os opositores do regime de Salazar e depois os nacionalistas africanos, antes de ser encerrado em 1974, após a Revolução do 25 de Abril em Portugal e às vésperas da independência de Cabo Verde.
O chamado “campo da morte lenta” foi tombado como património nacional e transformado em Museu da Resistência. É este sítio histórico um dos pontos de visita obrigatória no roteiro do Tarrafal, cuja economia deposita no turismo toda a expectativa de desenvolvimento para os seus 24 mil habitantes.
Fonte:A NAÇÃO.CV